Maio Roxo: conheça as principais Doenças Inflamatórias Intestinais 71g24

Especialista fala sobre a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa e faz alerta sobre o diagnóstico precoce dessas patologias 2i4z19



O quinto mês do ano é marcado pelo Maio Roxo, uma campanha de conscientização contra as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Essas enfermidades são crônicas e imunomediadas, ou seja, atacam os tecidos saudáveis do corpo. Ambas são patologias autoimunes, mas a Retocolite Ulcerativa afeta predominantemente o intestino grosso e o reto, enquanto a Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, desde a boca até o ânus, além de ser marcada por uma evolução de quadro mais grave e agressiva. As DIIs atingem milhares de brasileiros todos os anos e os pacientes costumam ficar longos períodos sem um diagnóstico preciso.

“Todo paciente com diarreia crônica, ou seja, aquelas com duração superior a 28 dias, devem ser investigados. Sangramento nas fezes nunca é normal e sempre deve ser visto por um especialista”, afirma o Dr. Joaquim Leles (foto), coloproctologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição. O especialista também sinaliza outros sintomas, como anemia, muco ou pus nas fezes, perdas de peso inexplicáveis e a diarreia noturna, todos sendo pontos de atenção para uma investigação.

De acordo com o Dr. Joaquim, o diagnóstico preciso das DIIs é uma das etapas mais importantes do processo de tratamento, mas também uma das mais complexas, extensas e desafiadoras, com dificuldades ao longo de todo o procedimento. Em média, no Brasil, o tempo de espera entre a identificação dos primeiros sintomas e o diagnóstico final correto é superior a um ano.

“O diagnóstico é complexo porque não existe um único exame capaz de diagnosticar essas doenças. É como um quebra-cabeças no qual temos várias partes que precisam se encaixar. A colonoscopia é a peça mais importante, na maioria dos casos, desse quebra-cabeças, mas ela é incapaz de sozinha fechar o diagnóstico”, conta o médico do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, que também aponta a confusão dos pacientes com outras patologias, como intolerâncias alimentares e síndrome do intestino irritável, como fatores que aumentam o tempo de espera pelo diagnóstico.

Os avanços nos tratamentos, entretanto, especialmente nos últimos 20 anos, são animadores. O desenvolvimento de medicamentos imunobiológicos, anticorpos produzidos em laboratório, ajudam a interromper a inflamação nas áreas-alvo. Estes são usados principalmente contra a Doença de Crohn, por ser mais grave do que a Retocolite Ulcerativa. Para além dos medicamentos, o estilo de vida saudável também é essencial para os cuidados com as DIIs. Alimentação balanceada, exercícios físicos, sono adequado e controle do estresse são cruciais para a melhora da imunidade e o controle dessas doenças. Assessoria HCNSC

Imagem: Reprodução rede social


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